Gabriel Oliveira, o popular Blade, é um exemplo de persistência. Hoje, uma das estrelas da equipe Alliance, o faixa-preta começou a enxergar o Jiu-Jitsu como esporte profissional quando ainda era faixa-marrom. Para você compreender melhor, o Blade lutou seu primeiro mundial da IBJJF apenas em 2018, onde foi medalhista de prata. Gabriel tinha 26 anos naquela época.
Sua carreira no circuito competitivo começou já na fase adulta e, na prática, ele mostra que não fez diferença alguma. Três anos depois daquela medalha de prata, o pupilo de Mario Reis foi campeão mundial e campeão pan-americano na faixa-marrom e agora, como faixa-preta, é o atual campeão brasileiro na categoria pesado.
Até 2016, Gabriel se considerava um atleta amador, treinava sem grandes pretensões de alto rendimento, até que tudo mudou rapidamente. Já em 2018, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ele começou a integrar o time competitivo liderado por Mario Reis. Foi então que Blade passou a morar e dormir no tatame academia, como ele mesmo conta, a seguir.
“Quando competi o meu primeiro Mundial da International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF), eu já me dedicava como atleta profissional. Mas foi em 2019 que eu tive minhas grandes conquistas, já de faixa-marrom. Eu venci o Pan-Americano e o Mundial em sequência. Para falar um pouco de 2019, um ano marcante para mim, a minha maior lembrança é que foi um ano muito difícil na parte pessoal. Teve muitos acontecimentos difíceis em paralelo aos treinos e a preparação. Ser campeão mundial foi um título que me trouxe bastante confiança e segurança de que estou no caminho certo, até mesmo por ter tão pouca experiência como atleta profissional. Foi um título que me trouxe forças pra continuar trabalhando duro nos meus próximos objetivos”,relembra Gabriel, que teve o seu visto americano negado duas vezes antes de viajar para os Estados Unidos.
Há dois anos como faixa-preta, depois de conquistar os títulos mais importantes na faixa-marrom em 2019, Gabriel começou a sua jornada na elite com uma medalha de ouro no Campeonato Brasileiro da CBJJ, encerrado há dois meses, no Rio de Janeiro.
“Esse título tem um significado especial, para mim, e espero conquistar mais vezes o título brasileiro como faixa-preta. Vencer na elite tem uma sensação especial, é onde você tem mais visibilidade e enfrenta os melhores do esporte. Vencer é muito gratificante”, diz o campeão.
Comments