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Foto do escritorjiujitsuass

Campeão do ADCC, Kaynan Duarte lidera quarteto brasileiro no GP do Third Coast Grappling



O Brasil vai ser representado por Kaynan Duarte, Victor Hugo, Pedro Marinho e Manuel Ribamar no Grand Prix GP Elite 8 do Third Coast Grappling, agendando para este sábado, dia 3 de abril, em Houston, no Texas. O GP de 8 atletas ainda conta com a sensação Nick Rodriguez, Tex Johnson, William Tackett e Mason Fowler. O campeão do GP, que vai ser disputado sem kimono, vai receber 20 mil dólares de premiação.


Quem reside no Brasil vai poder adquirir o pay-per-view por apenas 5 dólares, cerca de 30 reais na cotação atual, através do site do trirdcoastgrappling.com. É sua chance de acompanhar craques do Jiu-Jitsu profissional. Ryan McGuire, organizador do 3CG, conta a importância de ter o público brasileiro na transmissão do seu evento e, de quebra, revela que antes de acontecer a pandemia, ele teve planos de aterrizar em solo brasileiro.


“Para o público brasileiro, só queremos que eles saibam que respeitamos e amamos a arte a partir da qual desenvolvemos nossa marca. Ter o professor Vinícius Draculino na Gracie Barra Texas, desde a faixa branca, também nos deu um amor especial e um apreço pela população brasileira. Realmente é uma grande arte que muda vidas, e sem ela não existe 3CG e não existem muitas outras coisas. Sinto que muitas organizações se tornam muito focadas ao promover seus eventos para um público global”, comenta Ryan, de 35 anos, antes de explicar sua tese.


“Por que ignorar, ou em certos casos até desrespeitar, um mercado enorme onde a arte já vem crescendo por anos e anos? Todo mundo diz: ”Ah, o Brasil só quer saber do quimono". Bem, estamos aqui pra mostrar que nossa marca pode entreter até os mais conservadores. Amamos o Brasil e, antes da pandemia, até tivemos discussões preliminares sobre ir ao Brasil.”


Ryan, assíduo praticante de Jiu-Jitsu, conta porque sempre prioriza ter atletas brasileiros em seu cartel. Para ele, a garra e gratidão dos brasileiros são alguns dos diferenciais.


“Quando se trata de trabalhar com atletas brasileiros, é até difícil não fazê-lo! Tem tanto talento, e, na maior parte, tem sido tão bom lidar com o povo brasileiro, e a atmosfera é sempre a melhor possível. Eles apreciam verdadeiramente a oportunidade, e você vê um tipo diferente de gratidão e abordagem ao esporte do que você vê com alguns dos atletas mais novos nos Estados Unidos que estão em ascensão”, relata Ryan, que divide boa parte do seu tempo com brasileiros.




Serão 20 mil dólares americanos em disputa. Os duelos serão de formas eliminatórias e o campeão precisa vencer três vezes seguidas para garantir o cinturão e a premiação em dinheiro. Ryan aposta nas regras do Third Coast Grappling para fazer duelos movimentados e sem amarração.


“Os atletas estão competindo por um grande prêmio (quase 110 mil reais). Espero muita emoção, drama e intensidade, do tipo que só as nossas regras e nosso formato conseguem trazer à tona. O dinheiro, sem dúvida, também é um grande motivador. [Risos.] O que faz o 3CG diferente é, acredito, nosso conjunto de regras, que realmente pega o melhor das regras baseadas em pontos e das regras de só finalização e junta tudo pra criar uma marca divertida que consegue entreter até aqueles que não tenham conhecimento prévio de luta agarrada. Temos uma taxa de 80% de finalizações em quase 20 eventos. Não acho que você vá achar ninguém que chegue perto desses números, especialmente com o nível de atleta com que geralmente trabalhamos”, diz o organizador.


Um dos eventos mais populares dos Estados Unidos, Ryan projeta o crescimento da sua organização em três anos. Ele quer quebrar barreira e criar novos conceitos para o mundo da luta.


“Em 3 anos, esperamos estar com o esporte - ao menos nossa marca - tão reconhecível quanto qualquer outra que você vê por aí em outros esportes. Estamos trabalhando com umas pessoas ótimas que acreditam em nós e em nossa visão, e o céu é o limite. Só queremos continuar movendo as barreiras e inovando. Quando você se acomoda ou fica satisfeito, a complacência toma conta e o produto fica insípido. Estamos sempre testando coisas novas e novos ângulos pra manter tudo novo e as pessoas, entretidas e querendo mais”, aposta Ryan, que anteriormente trabalhou por anos na indústria da música.

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